Fernanda Saad em um trem, cercada por malas, simbolizando a jornada de superação, determinação, propósito e busca por uma vida autêntica.
Autoconhecimento e Propósito

Sonhos abandonados

Mesmo cheios de esperança e inspiração, muitos sonhos acabam jogados de lado.

Porque sonhar é importante, mas tá longe de ser suficiente.

Pra criar precisamos saber errar, saber se superar, saber levantar.

E sonhos (com significado, com importância) são caminhos de muitas resistências.

A conquista de um sonho é sempre menos sobre o projeto e mais sobre quem precisamos nos tornar nesse processo.

Precisamos desenvolver, em nós, as habilidades de alguém capaz de alcançar esses objetivos que sonhamos.

Ou seja, precisamos ir além de onde conseguimos ir naquele momento.

E, ao longo desse caminho, recebemos visitas indesejadas do medo. Somos invadidas pelos traumas. Somos jogadas no incerto (bem a gente que achava que tinha que estar no controle de tudo).

Nossas verdades viram dúvidas e nossos pontos de referência, pontos de interrogação (bem a gente que achava que tinha que ter certezas sobre tudo).

Sonhos evocam crescimento, mas pra crescer precisamos aprender e pra aprender precisamos errar (bem a gente que aprendeu que não pode fracassar).

E, por medo de passar vergonha, desistimos antes de tentar.

Pra disfarçar a falta de coragem, reclamamos da nossa insatisfação: “o problema sou eu que deveria ser mais grata”.

Caímos na cilada de achar que sonhar demais, desejar demais, querer demais é o problema.

Evitamos o caminho desafiador dos sonhos pra ter “paz” sem nos dar conta que a paz não está em evitar dificuldades e sim em enfrentá-las de novas maneiras.

A paz está em como organizamos nossos pensamentos, em como nos regulamos emocionalmente, em como nos relacionamos com as nossas limitações.

Porque quem sonha, mas insiste em “sossegar”, não tá inspirada.

Porque quem tem vontade de crescer, mas se conforma em estagnar, não tá feliz.

Porque quem quer criar, mas tem medo do próprio poder, não tá animada.

Porque quem desiste de si mesma, não tá em paz.

A paz tá em saber que a gente tentou, que a gente se dedicou, que a gente se superou.

Tá em saber que, mesmo com medo, nos mantivemos no volante da estrada da nossa vida – errando, mas com a certeza que estamos construindo o nosso próprio caminho.